Antes mesmo da chegada da variante ômicron, russos sofreram com pico de casos e mortes, em um país que vacinou menos de 50% de sua população.
Uma combinação de falhas no enfrentamento da pandemia, estatísticas sob suspeita, vacinação lenta e explosão de casos e mortes por covid-19 retrata os últimos meses de pandemia na Rússia.
Agravando o quadro, cálculos extra-oficiais indicam que pode estar havendo uma enorme subnotificação de casos e mortes no país, o que sugere que a Rússia pode já estar ocupando o desagradável segundo lugar na lista mundial em número total de mortes por covid-19, talvez superando o Brasil e ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Oficialmente, os números russos já são altos: em 11 de janeiro, o centro oficial de controle de covid-19 russo calculou haver um acumulado de 10,6 milhões de casos de covid-19 e 317,6 mil mortes.
Mas antes, em 30 de dezembro, a agência de notícias Reuters estimou, a partir de dados de excesso de mortalidade no país desde o início da pandemia, que o total de mortes pelo novo coronavírus chegaria a 658 mil - o dobro dos dados oficiais. E há quem acredite que esse número possa ser ainda maior (veja mais abaixo).
Com isso, o país ultrapassaria a marca de 620 mil mortes oficialmente registradas até o momento no Brasil, que só é superada em números oficiais de mortes pelos Estados Unidos. É bom lembrar, porém, que diversos especialistas apontam que a soma real de mortos por covid-19 no Brasil também provavelmente supera bastante a dos dados oficiais, devido a subnotificações ocorridas principalmente nos picos da pandemia.
Além disso, o Brasil vive atualmente um apagão de dados e uma escassez de testes de covid-19, que também mascaram o atual estágio da pandemia no país.
Leia toda a matéria na íntegra em: O que explica explosão de covid na Rússia, que pode ter levado país a ultrapassar Brasil em número de mortes (terra.com.br)