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Vereadores recuam e retiram apoio à CPI que mira padre Júlio Lancellotti
05/01/2024 10:31 em Fé

Pelo menos quatro vereadores pretendem retirar apoio à investigação parlamentar sobre a atuação de ONGs na cidade de São Paulo.

Pelo menos quatro vereadores informaram ao jornal O Estado de S. Paulo que vão retirar suas assinaturas ao pedido de CPI das ONGs elaborado pelo vereador Rubinho Nunes (União). A investigação pretendia apurar, além das ações de Organizações Não Governamentais, o trabalho realizado pelo padre Júlio Lancellotti com os moradores da Cracolândia.

“Assinei uma CPI que em momento algum falava em investigar os trabalhos sérios do padre Júlio Lancelotti. Desvirtuou o objeto. Retiro minha assinatura”, disse ao jornal o vereador Sidney Cruz (Solidariedade).

Já o vereador Xexéu Tripoli (PSDB) classificou como “absolutamente revoltante” a abertura da investigação. “Não defendo a perseguição política a líderes religiosos. Ainda mais nesses tempos de ódio e rancor nas redes sociais. A investigação de casos suspeitos de mau uso de recursos públicos não pode servir de pretexto para perseguição política”, alegou ele em nota oficial.

Outro parlamentar que recuou foi o vereador Thammy Miranda (PL), que sofreu críticas nas redes sociais porque, no passado, o padre saiu em sua defesa em um episódio envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“A comissão que assinei tem como intuito proteger os moradores do centro que enfrentam desafios relacionados à saúde e segurança pública na região da Cracolândia. Em nenhum momento o nome do padre Júlio Lancellotti foi mencionado”, declarou ele ao Estadão.

Em entrevista ao programa Meio-Dia em Brasília desta quinta-feira, 4, o autor do pedido de instalação da CPI das ONGs em São Paulo, o vereador Rubinho Nunes (União)negou que a investigação tenha como foco único a atuação do padre Júlio Lancellotti na região central da capital, em especial na Cracolândia.

Como mostramos, o parlamentar  busca um acordo para que a investigação seja iniciada no retorno do recesso legislativo. Duas entidades deverão ser os principais alvos da CPI: o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecido como Bompar, e o coletivo Craco Resiste. Ambas atuam junto à população em situação de rua e dependentes químicos na região central da cidade, assim como o padre Júlio Lancellotti.

Fonte: O Antagonista

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